Água consumida hoje teria cerca de um milhão de anos a mais do que o Sol. Descobertas aumentam possibilidade de que exista vida fora da Via Láctea.
(France Presse/G1) Um estudo apresentado nesta quinta-feira (25) indica que metade da água do planeta talvez seja mais antiga do que o Sistema Solar, o que aumenta a possibilidade de existir vida fora de nossa galáxia, a Via Láctea.
Utilizando um sofisticado modelo que permite simular as fórmulas químicas entre as moléculas de água formadas no Sistema Solar e as que existiam antes, os pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, descobriram que entre 30% e 50% da água consumida hoje em dia é cerca de um milhão de anos mais antiga do que o Sol.
O trabalho, divulgado na revista americana "Science", vai alimentar o debate sobre se as moléculas de gelo de água nos cometas e nos oceanos se formaram no disco de gás e poeira ao redor do jovem Sol há 4,6 bilhões de anos, ou se provêm de uma nuvem interestelar mais antiga.
"Determinando agora a parte antiga da procedência da água na Terra, podemos ver que o processo de formação de nosso Sistema Solar não foi único e que, portanto, os exoplanetas podem se formar nesses ambientes onde a água é abundante", explicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica e um dos autores da pesquisa.
Levando-se em consideração que a água é um elemento crucial para o desenvolvimento da vida na Terra, os resultados deste estudo podem sugerir que a vida existe em outro lugar mais além da nossa galáxia, ressaltaram os cientistas.
"Trata-se de um passo importante em nossa busca para saber se a vida existe em outros planetas", afirmou Harries.
Os resultados "aumentam a possibilidade de que alguns planetas fora de nosso Sistema Solar (exoplanetas) contem com as condições propícias e recursos de água que permitam a existência de vida e sua evolução", afirmou.
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