segunda-feira, 21 de julho de 2014

Por que Marte não cresceu

Teoria proposta por pesquisadores brasileiros explica o tamanho do planeta vermelho


(Pesquisa Fapesp) Se os romanos antigos soubessem o tamanho real do planeta Marte, talvez não o tivessem batizado com o nome de seu deus da guerra. Pois Marte estaria mais para um guerreiro-anão do que para um gigante, caso seu corpo guardasse uma proporção acurada com as dimensões do planeta de mesmo nome. Marte é o segundo menor planeta do sistema solar, com um décimo da massa da Terra. E o motivo de sua pequenez é uma das principais questões em aberto para os astrônomos e os geofísicos que estudam a formação dos planetas solares. Especialistas em mecânica celeste da Universidade Estadual Paulista (Unesp), entretanto, acreditam ter finalmente encontrado uma solução satisfatória para o problema.

Simulações em computador da formação do sistema solar já explicaram a posição e as propriedades físicas de muitos dos planetas e demais corpos celestes que giram em torno do Sol. Marte, no entanto, ainda está entre os corpos cuja origem é um mistério. De acordo com essas simulações, a massa do planeta vermelho deveria ser tão grande quanto a da Terra ou de Vênus, que são semelhantes. Alguns pesquisadores já propuseram teorias para resolver a disparidade. A principal delas, conhecida como cenário do grand tack, assume que uma série de eventos pouco prováveis durante a movimentação dos planetas no início do sistema solar, cerca de 4 bilhões de anos atrás, gerou condições favoráveis à formação de um planeta Marte pequeno. “A beleza de nosso trabalho é explicar Marte de um jeito muito mais simples e provável”, diz o astrônomo Othon Winter, da Faculdade de Engenharia da Unesp em Guaratinguetá, que faz parte da equipe que sugeriu um novo modelo para a formação de Marte em fevereiro deste ano no Astrophysical Journal.

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