quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Moraremos em Marte no futuro?

A colonização do nosso planeta vizinho é um assunto que está gerando várias discussões entre astrônomos e especialistas no assunto. Mas será que vamos nos mudar para lá no futuro?


(Agência Ciência Web) A colonização do nosso planeta vizinho Marte baseia-se em uma proposta de instalação de assentamentos humanos. A ideia, que mais parece fazer parte de um roteiro de ficção científica, é tema de estudos sérios na área da astronomia, pois o planeta vermelho é considerado o mais habitável do Sistema Solar, não apenas por estar mais próximo ao nosso planeta como também pelas condições da sua superfície – que são semelhantes às da Terra.

Recentemente foi descoberto que existem águas superficiais, embora congeladas, em Marte. Outra semelhança que temos com nosso vizinho é a gravidade, que corresponde a 38% da gravidade que temos na Terra. Esses e outros fatores dão a Marte maior capacidade de abrigar vida.

O estudante de Licenciatura em Física da USP em São Carlos Diego Scanavachi Custódio, ministrou recentemente uma palestra sobre a colonização de Marte no Observatório Dietrich Schiel, do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP, e explicou que, inicialmente, os astrônomos querem pesquisar Marte para saber se houve vida ou possibilidade de vida no planeta no passado. “Queremos entender esse planeta para avançar nos estudos e tentar compreender como se originou a vida aqui na Terra”, disse.

Muitas pessoas acreditam que nos mudaremos para Marte quando os recursos do nosso planeta acabarem. Custódio não concorda com a ideia. “Isso é loucura, temos que cuidar muito bem do nosso planeta. A não ser que a nossa tecnologia evolua de uma forma inimaginável, a raça humana vai se extinguir aqui mesmo”, comentou.

Mars One
Com inscrições abertas desde abril deste ano, o projeto Mars One conta com 100 mil pessoas dispostas a fazer uma viagem sem volta para Marte. A iniciativa, liderada pelo cientista holandês Bas Lansdorp, pretende colonizar o planeta vermelho a partir de 2023.

Até agora, pessoas de mais de 120 países já se inscreveram para participar do projeto, que terá ainda uma etapa de seleção feita com base no currículo, carta de intenção e vídeo enviado pelo candidato. Na segunda fase, os candidatos devem apresentar atestado médico e físico e se encontrarão com comitês regionais da missão para entrevistas. Porém, o projeto não tem o apoio de nenhuma agência espacial, como a Nasa, por exemplo.

O estudante de licenciatura explica que é pouco provável que o projeto seja verídico. “Eu acho que esse projeto é um meio promocional. Você sabia que a parte final dele pretende ser um reality show onde grupos se enfrentam em um ambiente simulando as adversidades de Marte? Esse projeto cobra taxa de inscrição, mas o custo de envio da Curiosity, a última sonda que pousou em Marte foi de U$2,5 bilhões. Dá para ter uma ideia de quanto custe o envio e manutenção de 40 pessoas?”, comentou.

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