terça-feira, 5 de novembro de 2013

Índia lança primeira missão espacial para Marte


(Reuters/O Globo) A Índia lançou nesta terça-feira sua primeira nave espacial para Marte, num teste para a tecnologia de baixo custo do país asiático que pode ajudá-lo a ingressar num clube seleto de nações que conseguiram explorar o planeta vermelho. A Missão Orbitadora Marte, que tem custo de US$ 73 milhões, decolou da costa sudeste indiana na Às 14h36m, no horário local (7h06m em Brasília).

Se a missão for bem-sucedida, o satélite vai levar cerca de 300 dias para chegar a Marte e vai buscar metano na atmosfera marciana.

- Esse é o nosso início modesto para nossa missão interplanetária - disse Deviprasad Karnik, porta-voz da Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

Apenas Estados Unidos, Europa e Rússia conseguiram até agora enviar sondas que orbitaram ou pousaram em Marte. Sondas ao planeta têm tido alta taxa de fracasso, e um sucesso aumentará o orgulho nacional, especialmente depois de uma missão similar da China ter falhado. Na ocasião, em 2011, a sonda nem conseguiu deixar a órbita da Terra.

A relação da Índia com o seu vizinho é marcada mais pela competição do que pela cooperação. Cientistas do governo negam qualquer corrida espacial, mas analistas dizem que a Índia intensificou o seu programa pela preocupação sobre o avanço da tecnologia espacial da China.

O custo da sonda indiana é apenas uma fração do da sonda Maven, da Agência Espacial Americana (Nasa), também prevista para ser lançada em novembro. Analistas dizem que a Índia poderia lucrar mais de US$ 304 bilhões no mercado espacial com sua tecnologia de baixo custo.

A missão marciana é consideravelmente mais barata do que alguns luxos da Índia, como o gasto de US$ 340 milhões para construir a maior estátua do mundo, no Estado de Gujarat, além da infraestrutura ao redor. Mesmo assim, recebeu críticas por ser uma país com altos níveis de pobreza.

- Para um país como a Índia, não é um luxo, é necessário - afirmou Susmita Mohanty, cofundadora e diretora-executiva do Earth2Orbit, primeira companhia aeroespacial da Índia.

Susmita ainda argumentou que os satélites têm amplas aplicações na radiodifusão televisiva e para a gestão de desastres.

O programa espacial da Índia começou há 50 anos e se desenvolveu rapidamente depois que forças ocidentais impuseram sanções em resposta às armas nucleares em teste em 1974, estimulando a construção de foguetes de alta tecnologia. Cinco anos depois, sua sonda Chandrayaan pousou na Lua. Mas a relativa proeza no espaço contrasta com os resultados ruins no desenvolvimento de jatos de combate por empresas estatais indianas.

A missão planeja procurar metano na atmosfera marciana, uma substância química fortemente relacionada com a vida na Terra. Medições recentes feitas pelo Curiosity, da Nasa, mostram apenas vestígios dele em Marte. Os indianos também estudarão as características da superfície marciana e sua composição mineral.
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