quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Nasa seleciona asteroides para captura


(Mensageiro Sideral - Folha) A Nasa está mais perto de definir qual asteroide eles planejam capturar e colocar numa órbita ao redor da Lua para ser visitado por astronautas. Ontem, numa conferência de astronáutica em San Diego, na Califórnia, Paul Chodas, cientista do Escritório do Programa de Objetos Próximos à Terra da agência espacial americana, disse que a escolha está entre três objetos.

Eles se encaixam nos requerimentos da missão — ter entre 7 e 10 metros de diâmetro e estarem numa órbita ao redor do Sol que favoreça a captura. “Temos dois ou três que vamos caracterizar no ano que vem e se tudo correr bem… esses serão candidatos válidos”, disse Chodas.

Esse foi o jeito “mandrake” que a Nasa encontrou de cumprir a ordem de Obama de levar astronautas a um asteroide em 2025, como preparação para a ida a Marte. Eu digo “mandrake” porque todo mundo achou, de início, que a tripulação teria de fazer uma longa viagem para chegar lá, mas a agência espacial veio com um plano em que um rebocador não-tripulado traz o asteroide até a órbita da Lua, e aí os astronautas não precisam viajar muito mais do que os das missões lunares Apollo (aquelas que levaram o homem a pisar na Lua entre 1969 e 1972) para cumprir a promessa presidencial.

Veja o vídeo que explica os passos da missão:



Por um lado, isso não alavanca muito a ida a Marte, que fica bem mais distante que a órbita lunar. Por outro lado, o projeto tem o apelo de demonstrar uma capacidade — ainda que rudimentar — de engenharia planetária. O pessoal na iniciativa privada que está querendo fazer mineração de asteroides deve estar ouriçado. E a própria Nasa aponta que são tecnologias que podem ser úteis na defesa planetária — caso um desses objetos ameace colidir conosco.

Eu não iria tão longe. Se um pedregulho espacial tiver nosso nome nele, vai ser bem mais difícil que isso tirá-lo do nosso caminho. Mas é um começo.

Aliás, por ora, é o começo do começo. Trata-se, no momento, de um programa espacial feito de Powerpoint, sem nenhum hardware montado. A propósito, um Powerpoint bem caro — a Nasa separou US$ 100 milhões para ele só no ano que vem. Contudo, a etiqueta de preço total é bem maior: US$ 2 bilhões.

Será que sai? Sei não.

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