sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Io, o satélite de Júpiter em reforma eterna


(Meio Bit) Em primeiro lugar vamos tentar estabelecer um consenso: apesar de todo mundo se referir aos satélites naturais de quaisquer outros planetas do Sistema Solar como “luas”, a verdade é que Lua mesmo só há uma, o satélite da Terra, chamada assim em honra à deusa romana conhecida na Grécia como Selene, filha dos titãs Hipérion e Téia e irmã de Helios (em Roma, Sol. Sacou?). Apesar de ter se convencionado chamar todos os satélites de luas, isso está errado.

Com isso, vamos em frente: a NASA divulgou ontem em seu site Astronomy Picture of the Day uma foto de Io, um dos satálites naturais de Júpiter, o gigante gasoso e o grande lixeiro do Sistema Solar (além de ser nosso guardião, já que com uma gravidade tão intensa ele atrai uma infinidade de detritos espaciais para si).

Essa imagem foi criada com base nos dados enviados pela sonda espacial Galileu e foram coletados em 1996. O mais surpreendente dessa imagem (clique nela para vê-la em detalhes) não é sua qualidade, mas o fato de que ela não mais reflete a superfície do satélite: ele é de longe o corpo celeste com maior atividade vulcânica conhecido.

A culpada de tudo é a gravidade, nossa velha amiga. As marés gravitacionais exercidas sobre Io por Júpiter e outros satélites massivos como Titã e Ganimedes revolvem seu interior, o que torna o planeta um inferno sulfuroso, com erupções constantes. Sabem esses pontos escuros na imagem? Não são crateras, Io não possui nenhuma. São vulcões. Io possui mais de 400, TODOS ativos. O fluxo de lava e detritos é tão intenso que uma vez que um meteoro atinge a superfície, a cratera é quase que imediatamente preenchida. Com isso o satélite é um “inferno sulfuroso”, devido às emissões do interior do planeta. Um cenário terrível, mas nada como Vênus…

E um detalhe interessante: a face do satélite exibida na imagem é a que está sempre voltada para Júpiter, portanto estamos olhando para o Lado Escuro da… de Io.

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