Cientistas esperam desvendar detalhes sobre presença intrigante de gás metano.
(BBC/G1) O veículo robótico Curiosity, da Nasa, está "farejando'' a composição atmosférica de Marte. O jipe, que está percorrendo a superfície do planeta e colhendo amostras, sugou um pouco do ar do planeta, que está sendo processado por seu sistema de análise, conhecido pela sigla Sam.
Esta é a primeira vez que a composição química da atmosfera marciana é analisada na própria superfície do planeta, desde os testes realizados pelas sondas Viking, na década de 1970.
A análise ainda está em andamento, mas a expectativa é de que a substância dominante na atmosfera de Marte seja dióxido de carbono (CO2), a exemplo do que foi constatado pelas sondas Viking.
Os cientistas da Nasa têm interesse em verificar se o Curiosity vai detectar metano. O gás já foi identificado por satélites e telescópios terrestres, e sua presença no planeta vermelho é intrigante.
Metano
De um modo geral, o metano tem vida curta e sua persistência por mais tempo sugere a existência de algum tipo de ''reabastecimento'' que pode estar ocorrendo de forma biológica ou geoquímica. Espera-se agora que o Sam possa esclarecer essa questão.
Os resultados da primeira análise devem ser anunciados na semana que vem, de acordo com a cientista Joy Crisp, da equipe do Curiosity, mas ela advertiu que ainda levará algum tempo até que se possam determinar mais detalhes sobre a presença de metano na atmosfera marciana.
O Curiosity, também conhecido como Laboratório Científico Marciano (MSL, na sigla em inglês), já percorreu mais de 100 km desde a Cratera Gale, onde o veículo pousou há um mês.
O jipe está se dirigindo a um ponto chamado Glenelg, a cerca de 480 km de onde se encontra. Imagens de satélite indicam que Glenelg seria o ponto de encontro de três tipos de terrenos rochosos distintos. E geólogos acreditam que esse seria o local ideal para estudar a geologia da Cratera Gale.
Engenheiros resolveram interromper a trajetória do veículo por alguns dias para poder testar o longo braço robótico do veículo, de 2 metros. O braço conta com uma câmera, uma broca e um espectrômetro. Seu propósito é recolher amostras de pó de rocha e terra.
O braço, que conta com dispositivos que pesam 30 kg, precisa ser movido de forma que leve em conta a gravidade de Marte, que equivale a 38% da gravidade terrestre.
A missão vem também divulgando fotos feitas pelo Equipamento Orbital de Reconhecimento de Marte, uma sonda que vem realizando fotos aéreas para documentar a trajetória do robô.
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Matérias similares no Terra, Estadão, iG, UOL e R7
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E mais:
Rastro do Curiosity em Marte pode ser visto do espaço (G1), com matéria similar na Folha
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Curiosity suspende 'passeio' para testar instrumentos (Terra), com matérias similares no R7, Yahoo, Correio Braziliense e DN - Portugal
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Rover Curiosity começa actividades com o seu braço robótico (Astronomia On Line - Portugal)
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