terça-feira, 4 de setembro de 2012

Japão partirá em 2014 à procura de pistas sobre a origem da Vida num asteroide

A Agência espacial japonesa está a preparar uma missão que será iniciada em 2014 que tem como objetivo procurar provas que suportem a teoria que afirma que as primeiras formas de Vida chegaram ao nosso planeta através do impacto de um asteroide ou num cometa.



(Naturlink) Depois do insucesso da primeira missão que tinha como fim recolher amostras de um asteroide em 2010, o Japão planeia uma nova missão espacial em busca de respostas para a questão fundamental da origem da Vida na Terra.

A Hayabusa 2, que será lançada em 2014 pela Agência espacial japonesa, tem como destino o asteroide conhecido como 1999 JU3, onde deverá chegar em 2018. O objetivo desta nova missão é obter amostras de solo, e procurar indícios que suportem a teoria de que as primeiras formas de vida na Terra foram trazidas até ao nosso planeta por asteroides ou cometas.

Para tal, serão obtidas amostras de solo superficial e do subsolo. As primeiras serão os fragmentos que resultarão do impacto das balas que serão disparadas contra a superfície do asteroide a uma velocidade de 300 m/s.

Por seu lado, a recolha das amostras de subsolo envolverá um processo mais delicado: após a fase de recolha de amostras superficiais a nave vai abandonar o asteroide e, quando, estiver a uma distância segura, lançará uma “bomba” de 2 kg que criará uma cratera de 2 m de diâmetro onde a Hayabusa 2, numa segunda “aterragem”, obterá o segundo tipo de amostras.

Estas últimas amostras, por não terem estado expostas ao tempo e à radiação solar, deverão conservar as características do início do sistema solar e é nelas que se procurará vestígios de água e aminoácidos que indiquem que a Vida no planeta azul poderá ter sido transportada para a Terra por um asteroide.

Apenas estas amostras “virgens” poderão atestar a plausibilidade da teoria que afirma que a Vida na Terra veio “à boleia” num asteroide, já que o material que é obtido diretamente dos asteroides que embatem na Terra poderá ter já sido contaminado pela formas vivas que existem no nosso planeta.

A Hayabusa 2 regressará à Terra em 2020.

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