quinta-feira, 10 de abril de 2014

Em Vênus foram descobertos vulcões em atividade


(Voz da Rússia) Uma equipe internacional de planetologistas, encabeçada por um cientista russo, provou que em Vênus, como antes, há vulcões em erupção.

Os cientistas buscaram comprovação disto durante anos. A chance de provar isto não era grande, sua probabilidade era avaliada em 8% pelos especialistas. Mas Evgueni Shalygin e seus colegas, no final das contas, conseguiram encontrar vulcões ativos no planeta.

Vênus é envolta por uma densa camada tóxica. Os cientistas expressaram muitas vezes a suposição de que isto era produto de erupções vulcânicas no planeta em um passado distante. Em Vênus existe também vulcões “vivos”, em atividade, descobriu a equipe de planetologistas do Instituto de Pesquisas do Sistema Solar da Sociedade Max Planck, encabeçada por Evgueni Shalygin. O relatório dos resultados da pesquisa foi apresentado pelo cientista e seus colegas na Conferência sobre Planetologia e Selenologia em Houston (EUA).

Os pesquisadores descobriram quatro manchas brancas flutuantes na zona de recifes, relativamente nova – setor com atividade sísmica elevada – chamada Ganiki Chasma. Esta região de Vênus foi reiteradas vezes fotografada com o instrumento Venus Monitoring Camera, instalado a bordo do engenho orbital Venus Express.

Os planetologistas compuseram um mosaico de fotos feitas durante passagens orbitais, depois do que calcularam a claridade da superfície das manchas brancas flutuantes. Quatro “fulgurações” foram muito mais quentes do que a superfície restante de Vênus – 526-826 graus Celsius, em comparação com os 426-467 graus em média. Isto são sinais evidentes de atividade sísmica.

Todos os quatro pontos encontram-se ao lado da montanha Maat, o mais alto vulcão de Vênus. Antes os cientistas supunham que ele entrou em erupção pela última vez há 10-20 milhões de anos. “Do ponto de vista da geologia, isto é o mesmo que ontem”, explica Shalygin. Entretanto as fotos provam que as fulgurações ao lado de Maat são marcas de torrentes contemporâneas de lavas, que se estendem por quase 30 quilômetros de extensão.

“Nós chegamos à conclusão de que em Vênus também hoje há vulcões em erupção”, resume Evgueni Shalygin.
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