quinta-feira, 27 de março de 2014

Cientistas identificam objeto mais longínquo do Sistema Solar

Possível planeta-anão fica na região chamada Nuvem de Oort. Objeto fica 80 vezes mais longe do Sol do que a Terra.


(G1) Pesquisadores identificaram, por meio de observações feitas a partir da Terra, um objeto em órbita ao redor do Sol que pode ser considerado o mais longínquo do Sistema Solar. A descoberta foi publicada na edição desta quarta-feira (26) da revista "Nature".

De acordo com o estudo, trata-se possivelmente de um planeta-anão que está localizado na região mais externa do Sistema Solar, chamada Nuvem de Oort.

Até então, o objeto identificado como o mais distante em nosso sistema era o planeta-anão Sedna, descoberto há 10 anos. Sua distância mínima do Sol ao longo da órbita é de 76 unidades astronômicas, ou seja, 76 vezes a distância entre a Terra e o Sol. Já o novo objeto - chamado de 2012 VP113 - se mantém a uma distância mínima do Sol de 80 unidades astronômicas.

Segundo os pesquisadores responsáveis pela descoberta, o Sedna (com diâmetro de mil quilômetros) e o 2012 VP113 (com diâmetro de 450 quilômetros) têm muitas características em comum e a existência desses dois corpos podem indicar que existam objetos "internos da Nuvem de Oort", que poderiam superar em número todos os outros corpos do Sistema Solar.

"Essa descoberta acrescenta o endereço mais distante conhecido até hoje ao mapa dinâmico de nossa vizinhança do Sistema Solar", disse Kelly Fast, cientista da Nasa.

O estudo foi feito pelos pesquisadores Chadwick Trujillo, do Observatório Gemini, no Havaí, e por Scott Sheppard, da Instituição Carnegie para a Ciência, de Washington. As observações foram feitas no telescópio do Observatório Nacional de Astronomia Ótica, no Chile.

"A descoberta do 2012 VP113 nos mostra que os confins do nosso Sistema Solar não são um deserto vazio como se chegou a pensar", disse Trujillo. "Em vez disso, essa é apenas a ponta do iceberg nos dizendo que existem muitos objetos internos da Nuvem de Oort esperando para serem descobertos. Também ilustra como nós sabemos pouco sobre as partes mais distantes de nosso Sistema Solar e o quanto ainda existe para explorar."

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