Experiência com 'Bridget' deve levar 5 dias e ser controlada do Reino Unido. Meta é criar tecnologia e acumular conhecimento sobre operação de sonda.
(G1) A Agência Espacial Europeia (ESA) testa esta semana no deserto do Atacama, no norte do Chile, um robô para futura exploração de Marte. As experiências, que devem durar cinco dias – ou dois dias marcianos, chamados de "sóis" –, são coordenadas por uma equipe no Reino Unido.
Segundo os cientistas, a região árida do Atacama – repleta de rochas, com um solo marrom-avermelhado e sem vegetação – se parece muito com o planeta vermelho, o que facilita na detecção de eventuais necessidades ou ajustes da missão.
A meta do projeto Safer (sigla para Sample Acquisition Field Experiment with a Rover, ou Experimento de Campo para Aquisição de Amostras com Robô) é desenvolver tecnologias e acumular conhecimentos sobre como operar uma sonda fora da Terra, o que é muito diferente de comandar um satélite, por exemplo, destaca a equipe.
Para dar mais realismo aos testes, a ESA usa a sonda ExoMars, prevista para ser lançada em 2018, como "missão de referência". O robô em teste, apelidado de "Brigdet", é um protótipo de seis rodas equipado com três instrumentos científicos: uma câmera panorâmica em 3D, um radar de penetração do solo para analisar a geologia da superfície do planeta e um aparelho que aproxima imagens para estudar amostras com a resolução de um milésimo de milímetro.
A equipe ainda precisa tomar algumas decisões sobre qual caminho seguir pelo Atacama, concluir os testes de câmeras, radares e outros instrumentos do robô e ver se ele é capaz de navegar com segurança em um terreno inexplorado.
Os cientistas comparam esse desafio a transitar por uma caverna recém-descoberta, escura e escorregadia. Para ter sucesso na empreitada, é preciso olhar bem ao redor e andar de forma lenta, estável e progressiva, ressaltam.
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