quinta-feira, 13 de junho de 2013

Lua de Saturno pode ter oceanos subsuperficiais, afirmam pesquisadores


(Canaltech) Novas imagens captadas pela sonda Cassini, da NASA, indicam que uma das luas de Saturno, Dione, pode ter abrigado um oceano subsuperficial, e se existe água, possivelmente existe vida. Esta não é a primeira lua de Saturno descoberta pela sonda Cassini que poderia abrigar água em sua superfície: a primeira foi a Enceladus, que conta com alguns gêiseres de gelo. As informações são do site Space.com.

"Podem existir muito mais mundos ativos com água lá fora do que se pensava anteriormente", afirmou em nota oficial Bonnie Buratti, líder da equipe de cientistas da sonda Cassini no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Estados Unidos. Oceanos presentes em camadas subsuperficiais de planetas e satélites devem existir em muitos outros corpos em nosso sistema solar, incluindo as luas de Saturno e a lua de Júpiter, conhecida como Europa.

A Cassini, que tem explorado Saturno desde 2004, encontrou um fluxo fraco de partículas vindo da Dione com seu magnetômetro. Imagens captadas pela sonda sugerem a existência de uma camada de líquido lamacento sob a superfície gelada da lua, bem como fraturas inativas antigas que poderiam expelir água congelada, como o que acontece em Enceladus.

Os pesquisadores acreditam que a formação montanhosa identificada na superfície da Dione pode ter sido deformada pela passagem de água gelada em sua base, indicando que a montanha estava quente provavelmente devido à existência de um fluxo de água subterrânea. Ao passo que a Dione gira ao redor de Saturno, ela foi sendo esmagada, o que fez com que sua superfície fosse aquecida. Quando existe um oceano subterrâneo que permite que o gelo circule por sua surperfície, a força gravitacional de Saturno torna-se maior e gera 10 vezes mais calor.

Por enquanto, os cientistas ainda não sabem porque a Dione não apresentou tanta atividade como a Eceladus, mas eles acreditam que a última deve ter experimentado forças gravitacionais mais fortes de Saturno ou de aquecimento radioativo em seu núcleo, fazendo com que se formassem os gêiseres de gelo.

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