(Astronomia On Line - Portugal) A lua gelada e craterada de Saturno, Reia, é o alvo de um novo conjunto de imagens obtidas pela sonda Cassini da NASA.
A sonda em órbita de Saturno obteve estas novas imagens, não processadas, no passado dia 10 de Março, enquanto passava a 42.000 quilómetros da lua Reia. Durante o "flyby", a Cassini capturou três diferentes vistas da superfície craterada da lua, criando um mosaico do hemisfério principal de Reia e do lado oposto a Saturno.
As observações da Cassini capturaram várias bacias de impacto, incluindo uma conhecida como Mamaldi que tem 480 km de diâmetro e outra, denominada Tirawa, com 360 km de diâmetro.
Reia é a segunda maior lua de Saturno, com um diâmetro de 1528 km. É muito mais pequena que o maior dos satélites do "Senhor dos Anéis", Titã que, com 5150 km de diâmetro, é quase 50% maior que a Lua da Terra.
Como as novas fotografias mostram, a superfície gelada de Reia é bastante craterada, as cicatrizes de inúmeros impactos ao longo dos éones.
Em 2010, cientistas descobriram que Reia tem uma atmosfera dominada por oxigénio e dióxido de carbono. Esta atmosfera é incrivelmente ténue e fina, nada como o espesso manto de ar a que estamos habituados cá na Terra.
Os cientistas pensam que o oxigénio vem do gelo superficial de Reia, libertado a partir de moléculas de água que explodem devido a partículas carregadas oriundas da magnetosfera de Saturno. A fonte do dióxido de carbono, no entanto, é mais misteriosa.
Reia foi descoberta em 1672 pelo matemático e astrónomo Giovanni Domenico Cassini. O seu nome deriva da Titã Reia, conhecida como a "mãe dos deuses" na mitologia Grega.
A Cassini foi lançada em 1997 e chegou a Saturno em 2004. Tem estudado o planeta dos anéis e as suas inúmeras luas desde aí, e continuará a fazê-lo durante mais alguns anos. No ano passado, a NASA prolongou a missão da sonda pelo menos até 2017.
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