Descoberto em 2005, primeiros cálculos diziam que seu tamanho superava o de Plutão
(Efe/Estadão) Um grupo internacional de astrônomos descobriu que o tamanho do planeta anão Eris é menor do que se pensava, com dimensões inferiores a de Plutão, em uma pesquisa publicada pela revista "Nature".
José Luis Ortiz, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC, na sigla em espanhol), um dos centros espanhóis que participaram da pesquisa, detalhou nesta quarta-feira que os novos dados surpreendem ao reduzir o raio estimado de Eris em cerca de 1,163 mil quilômetros.
Este número está muito abaixo dos cálculos anteriores que o situavam entre 1,2 mil e 1,4 mil quilômetros e que o transformaram no maior objeto do Cinturão de Kuiper, uma região transnetuniana povoada por corpos rochosos e gelados.
Agora parece que Plutão, com um raio de entre 1,15 mil e 1,2 mil quilômetros, poderia recuperar o posto como o maior objeto desta região, segundo o CSIC. "No entanto, isto é difícil de precisar, já que Plutão tem uma atmosfera que interfere nas medidas do diâmetro", especificou Ortiz.
Eris foi descoberto em 2005 e os primeiros cálculos diziam que seu tamanho superava o de Plutão, o que contribuiu para que a União Astronômica Internacional deixasse de considerar este último como planeta.
Embora de início tenha se falado de um décimo planeta, finalmente se redefiniu o conceito que não incluía nem Eris nem Plutão, já que a União Astronômica decidiu que ambos passariam a integrar uma nova categoria de objetos, os planetas anões, reduzindo o número de planetas do sistema solar para oito.
O estudo também determina que o albedo de Eris (a fração de luz refletida em relação da que incide) é pelo menos de 90%, o que o transforma em um dos objetos mais brilhantes do Sistema Solar, já que apenas algumas luas de Saturno refletem uma porcentagem maior.
Sua massa e densidade, maiores que as de Plutão, sugerem que se trata de um corpo pouco rochoso e coberto por uma camada de gelo. Os resultados essenciais do trabalho foram obtidos a partir de dois telescópios no observatório de San Pedro de Atacama e La Silla, ambos no Chile.
Atualmente existem cinco planetas anões aceitos como tais, mas vários deles ainda estão sendo classificados. Além disso, a previsão é que, no futuro, sejam descobertos outros, chegando talvez a centenas, segundo Ortiz.
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Matéria original no ESO
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