(Folha) Os astrônomos podem rever a forma como explicam o nascimento dos planetas. Um novo estudo publicado pela "Monthly Notices of the Royal Atronomical Society", de Londres, propõe que planetas rochosos --como Vênus, Mercúrio, Marte e Terra-- podem surgir a partir de aglomerados de gás na atmosfera.
No que chamou de "maré de contração" (em tradução livre), o astrônomo Sergei Nayakshin, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, sugere que um anel de gás primeiramente se formaria a partir das grandes aglomerações de componentes gasosos que existem no espaço. Deixados à própria sorte, esses aglomerados gasosos esfriariam e se juntariam até formar planetas de massa considerável --cerca de dez vezes a massa de Júpiter.
Nayakshin defendeu que, durante essa contração, a poeira cósmica aumentaria de tamanho e se concentraria no núcleo dessas cadeias gasosas, formando um centro de massa sólido --isso daria origem a um planeta rochoso com um maior núcleo gasoso que os dos planetas do nosso Sistema Solar.
"Quando há um núcleo, é formada uma atmosfera ao redor dele", disse Nayakshin. "A atmosfera é dominada pelo hidrogênio, mas há muito mais nela do que apenas esse combustível primário, e esses outros componentes são a chave para entendermos a formação dos planetas."
Até então, a principal hipótese para explicar a formação de planetas era a chamada acreção. Uma estrela, assim que nasce, possui um disco de poeira e gás ao seu redor --os restos de sua formação. Essa poeira começaria a se aglutinar e a formar rochas cada vez maiores, que no fim dão origem aos planetas rochosos.
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Até então, conservava a ideia da acreção.
ResponderExcluirMuito bom.