terça-feira, 5 de abril de 2011

Calhaus importantes (que os há!)


(I - Portugal) Os calhaus têm muito que se lhe diga. Uns interessantes, outros nem por isso. A maior parte dos mesmos encontra-se na chamada Cintura de Asteróides, entre as órbitas de Marte e Júpiter; os asteróides são, realmente, calhaus, rochosos, irregulares na forma e de diversos tamanhos.

São mais de 100 mil, com tamanhos entre 1 km e 963 km. Pensa-se que são as relíquias de um planeta que não se formou devido à poderosa força gravitacional de Júpiter.

De todos estes corpos, destacam-se dois: Ceres, o maior, com 963 km, e Vesta. E são um problema para o astrónomo adepto da rígida classificação dos corpos celestes; como se já não bastasse a polémica Plutão, que passou de planeta a objecto transneptuniano, Ceres e Vesta teimam em não ser bem, bem asteróides.

Ceres porque já tem tamanho suficiente para ter uma forma redonda, globular - daí apelidar-se de planeta-anão; Vesta, um "planeta menor", é um caso bem mais fascinante: tem uma estrutura interna em camadas, com núcleo, manto, crusta e uma história de aquecimento, derretimento e arrefecimento do seu material rochoso, tal como a Terra.

Eis outro facto delicioso: a sua superfície regista, provavelmente, a mais bem preservada história geológica do sistema solar. A sonda Dawn (NASA) prepara-se para a desvendar, fazendo desta missão uma viagem no espaço e no tempo! Como diria Camões, "todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades". Assim na Terra como nos calhaus!

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