O ítalo-colombiano Diego Urbina dentro do simulador
(R7) Depois de mais de 230 dias, a equipe da missão Marte-500, que desde junho do ano passado está em uma viagem de mentira ao planeta vermelho, dentro de um simulador, está se preparando para “pousar” no local. No dia 12 de fevereiro, eles devem simular um pouso no planeta e depois ficar alguns dias pesquisando a região.
O objetivo da missão, que deve durar 520 dias no total e é cumprida por três russos, um chinês, um francês e um italiano, tem o objetivo de ajudar os cientistas a entender o que pode acontecer com os astronautas que possam fazer esse tipo de viagem no futuro. Cada um deve receber R$ 160 mil pela participação no experimento.
Depois do “pouso” em Marte, vai vir a parte mais estressante da missão, que é a volta para a Terra. Boris Morukov, diretor do projeto, diz que deve ser difícil para os voluntários aguentar a monotonia. Ele diz que nenhum dos astronautas pediu para abandonar o projeto, apesar de eles terem esse direito.
– Eles ainda estão motivados, mas há um certo cansaço, o que é natural.
Nos testes, os astronautas também passam por simulações de emergência. Em dezembro, os seis homens tiveram de ficar um dia no escuro depois que o controle da viagem provocou um “apagão” nos módulos, fazendo com que apenas alguns geradores reservas funcionassem.
Os participantes do projeto comunicam-se com o mundo exterior por e-mail, especialmente com seus familiares. O experimento, que começou no dia 3 de junho, serve para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.
Eles permanecerão isolados do mundo exatamente durante o tempo que leva o voo de ida e volta a Marte (490 dias), e mais outros 30 dias de estadia simulada no planeta. Na fase "marciana" do experimento, será usado um simulador da superfície do planeta vermelho.
----
Matéria similar na Folha
----
E mais: "BBB espacial" é válido, diz astrobiólogo brasileiro (Folha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário