segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mesmo longe do Sol, sonda terá painéis solares

(Folha) Uma diferença marcante entre as sondas Galileo e a Juno é que, enquanto a primeira usava uma fonte radioativa para obter eletricidade, a Juno usará painéis fotovoltaicos.

Essa será a primeira vez que uma sonda vai operar com energia solar estando tão longe do Sol.
Onde Júpiter fica, o nível de luz solar é cerca de quatro centésimos daquele que há nas imediações da Terra. Para compensar a baixa luminosidade, os três painéis da Juno serão grandes: terão nove metros de comprimento.

E, para chegar lá, a espaçonave da Nasa fará uma rota bastante tortuosa.

Um sobrevoo da própria Terra, em 2013, dará o impulso gravitacional necessário para a viagem até Júpiter, com chegada prevista para 3 de agosto de 2016. Depois disso, a missão deve durar um ano.

A órbita "fechada" da Juno produzirá as imagens mais espetaculares da turbulenta atmosfera joviana, onde a sonda deverá encontrar seus últimos momentos.

Não estão nos planos da nova espaçonave, por exemplo, observações detalhadas das luas jovianas.

Após a conclusão das observações da sonda, a Nasa comandará o veículo a se "queimar" em Júpiter, para evitar uma colisão com uma das luas potencialmente habitáveis do planeta.

Prevenir essa colisão pode evitar a contaminação das luas de Júpiter por bactérias terrestres que possam "embarcar ilegalmente" na espaçonave.

Para o pesquisador Scott Bolton, que comanda a missão, as sondas anteriores a Juno foram importantes. "Os objetivos científicos da Juno só existem por causa do que aprendemos com a Galileo", afirma.
----
E mais:
Nasa inicia nova missão rumo a Júpiter; sonda parte no dia 5 (Folha), com matérias similares no G1, Terra e Estadão



Lançamento da sonda Juno (AstroPT)

Nenhum comentário:

Postar um comentário